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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Sobre Mary Jane e um breve amor!

Mary Jane
Mary Jane foi encontrada por meu sobrinho vagando sozinha na Av. Almirante Barroso (aqui em Belém/PA) a mais ou menos duas semanas e como ele adora animais acabou levando ela pra casa, porém ele já tinha a Lili que também tinha encontrado na rua a um tempinho já, então semana passada quando passei na casa dele, ele me perguntou se eu gostaria de cuidar do gatinho que ele havia encontrado, a princípio eu disse que não, mas quando comecei a fazer carinho nela, ela se aprochegou de tal forma que naquele mesmo instante fez brotar um amor que nem eu mesmo havia percebido, acabei não resistindo e catei ela pra mim. 
Quando ela veio pra minha casa, ela já veio um pouco fraquinha, magrinha e com problemas intestinais, então comecei a cuidar em casa mesmo. Comprei ração apropriada, dei banho, arrumei uma caminha, providenciai algumas coisinhas pra ela brincar, passei esse último fds inteirinho dedicado somente a ELA e funcionou, ela deu uma melhoradinha, vi que esticou um pouco e ficou mais espertinha.
Mas hoje (justo hoje que iria leva-la ao veterinário de manhã) quando acordei não à encontrei em canto nenhum da casa, então ouvi um miado e ela estava toda mufina deitada embaixo do sofá, chamei por ela e ela não respondeu, então resolvi pega-la e quando a vi percebi que estava gelada, mole e agonizando o que me fez ficar desesperada por que eu tinha certeza que era veneno. Eu tive essa certeza por que a um tempo atrás, bem antes dela vir aqui pra casa coloquei veneno por toda o rodapé do apt por causa de uma infestação de formigas que estava tendo e quando ela veio pra cá, acabei não tirando o veneno de todos os lugares e por esse motivo ela infelizmente acabou encontrando e ingerindo veneno.
Vocês tem noção da culpa estratosférica que senti quando percebi isso?! Corri pra achar um pet que pudesse atende-la com urgência, mas descobri que somente clínicas estão preparadas pra socorrer animais nesse estado. Até que consegui uma pra leva-la, mas quando chamei o taxi, ouvi o último miado dela e ela acabou partindo (pausa para as lágrimas que insistem em cair por aqui).
Em toda a minha vida eu nunca chorei tanto por perder um animal de estimação, já tive cachorro, coelho, mas é a primeira vez que tenho um gato e nem uma das vezes anteriores sofri tanto quanto agora. Mary Jane conseguiu a proeza de cativar um amor tão puro e tão gostoso em apenas 5 dias junto dela. Isso foi tão novo, tão inesperado e num momento em que ando praticamente anestesiada por conta do ansiolítico que tomo pra tratamento contra ansiedade crônica. Sempre fui muito chorona, mas nesses 3 meses de tratamento não chorei em nenhum momento, até hoje. Me senti tão impotente diante da situação, um desespero enorme por saber que não poderia fazer nada a não ser conseguir um lugar pra leva-la pra quiçá cura-la.
Mary Jane me mostrou como é realmente amar um animal, me ensinou o que é realmente ter zelo, me ensinou o que realmente é se preocupar com quem se ama e principalmente me ensinou a amar de verdade sem "interesses". Era algo tão verdadeiro, tão grande que não conseguia desligar minha cabeça dela em nenhum momento, nem quando estava na casa do boy. 
Eu nunca entendi por que as pessoas sofriam tanto por perder o seu bichinho de estimação, afinal era apenas um animal qualquer, quanta insensibilidade a minha... agora eu sei, sei porque simplesmente não é apenas um bichinho e sim parte de nós.
Apesar de ter sido bem trabalhoso a temporada dela por aqui, eu fazia tudo com muito gosto, sem reclamar, porque só de olhar a carinha dela fofa e o companheirismo dela me seguindo pela casa já era tão recompensador que o resto era resto.

Adeus Mary Jane e até breve!!!




.semmais